Olivetti, a unidade na diversidade

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Uma coprodução da esad–idea, Investigação em Design e Arte e da Fundação DIDAC para o espaço do MMIPO — Museu e Igreja da Misericórdia do Porto, a exposição Olivetti, a Unidade na Diversidade apresenta o legado do design industrial, gráfico e tipográfico da marca italiana de máquinas de escrever Olivetti. Patente de 30 de março e 26 de maio de 2019, esta exposição traz ao Porto máquinas de escrever e materiais gráficos e tipográficos da icónica marca italiana Olivetti, peças integrantes da Colección SIRVENT, cujo espólio reúne mais de 4000 máquinas de escrever.

Olivetti, a Unidade na Diversidade é comissariada por David Barro, curador independente, crítico de arte e editor da revista DARDO, e María Ramos, designer, investigadora e designer de tipos.

Fundada em 1908 em Ivrea, Turim, pelo industrial Camillo Olivetti, a Olivetti tornou-se célebre pelo design das suas máquinas, pelos seus materiais gráficos e pelas inovadoras campanhas publicitárias que desenvolveu. Mundialmente conhecidas, as máquinas de escrever Olivetti democratizaram o acesso ao processamento de texto, tendo sido essenciais para dar visibilidade e autonomia a alguns dos principais movimentos sociais do século XX, como o feminismo.

A influência da Olivetti no campo do desenho de tipos de letra está em foco nesta exposição, já que alguns dos tipos de letra criados para máquinas de escrever Olivetti acabaram por ser adaptadas para o digital ou por servir de referência para a criação de novas fontes para este meio. A Gridnik, de Wim Crowel (1997), a Lettera, de Kobi Benezni (2008) ou a Typewriter, de Henrik Kubel (2012) são algumas destas fontes icónicas.

Em exposição encontram-se modelos marcantes da Olivetti, como a máquina portátil Valentine, de 1969, desenhada por Ettore Sottsass e Perry King, ou a Lettera 10, com design de Mario Bellini, comercializada a partir de 1979, assim como outras peças da marca que se tornaram parte da história tecnológica e industrial do design.

A Olivetti foi também promotora de grandes nomes da história do design gráfico. A marca sabia desenvolver ligações com criadores de reconhecido prestígio, como Milton Glaser, Raymond Savignac ou Paul Rand, entre muitos outros, e serviu de plataforma para designers que, com o tempo, se tornariam uma referência.


Créditos

Organização esad–idea, investigação em design e arte; fundação didac; museu e igreja da misericórdia do porto

curadoria david barro, maría ramos

data 30 mar — 26 mai 2019

local museu e igreja da misericórdia do porto — rua das flores, n.º 15 4050-265 porto