Pádua Ramos

A procura de uma expressão figurativa, alternativa à cultura do movimento Moderno, é omnipresente na obra de Luís Pádua Ramos (1931-2005). Ao longo do seu percurso, o arquiteto e designer sediado no Porto procurou progressivamente uma dimensão não apenas funcionalista, mas também simbólica e semântica, da arquitetura e do design.

Contaminada pela arte popular e influenciada pelos movimentos radicais dos anos 70 do século XX, a prática projetual de Pádua Ramos fica igualmente marcada pelo universo de objetos decorativos que a sua vocação de colecionador incansável transformou numa das maiores coleções europeias de arte popular e erudita.

A exposição, com curadoria de Maria Milano, é acompanhada pela publicação, em três volumes, de uma ampla monografia dedicada a Pádua Ramos, resultado da investigação das autoras Gisela Lameira, Luciana Rocha e Rita Maia Gomes, além de Maria Milano, em articulação com a esad–idea. Esta obra preenche uma lacuna no estudo e divulgação da proposta projetual de Pádua Ramos, proporcionando uma ampla visão sobre a totalidade da sua obra de arquitetura e design, abordando ainda o seu trabalho de colecionismo, uma prática que reforçou a dimensão simbólica e figurativa do seu projeto.

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